Nesta sexta-feira (3), Dia do Petróleo Brasileiro, os contratos mais líquidos da commodity fecharam em alta, revertendo parte das perdas acumuladas na semana. A recuperação vem após quatro sessões consecutivas de queda, em meio ao aumento das tensões geopolíticas e à expectativa de novos desdobramentos por parte da Opep+.
O contrato do petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex (Nova York), subiu 0,66%, a US$ 60,88 por barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na ICE (Londres), avançou 0,66%, a US$ 64,53. Apesar da alta do dia, os dois benchmarks fecharam a semana com perdas expressivas: -7,36% para o WTI e -6,78% para o Brent.
Tensão no Oriente Médio e risco de sanções
A escalada dos conflitos no Oriente Médio voltou a pressionar o mercado. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que o Hamas tem até domingo às 19h (horário de Brasília) para aceitar um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA. O petróleo acelerou os ganhos após a declaração.
Na Europa, investidores monitoram o risco de interrupção no fornecimento de petróleo da Rússia, com o G7 cogitando novas sanções sobre a negociação da commodity russa.
Opep+ decide no domingo sobre possível aumento de produção
Outro ponto no radar dos investidores é a próxima reunião da Opep+, marcada para domingo (6). A aliança estuda aumentar a oferta em até 500 mil barris por dia (bpd), segundo veículos da imprensa internacional. A decisão busca equilibrar o mercado em meio à volatilidade recente.
No Brasil, data marca importância estratégica da commodity
A data coincide com o Dia do Petróleo Brasileiro, instituído em 1953 com a criação da Petrobras (PTR4). Em meio à transição energética e aos debates sobre descarbonização, o setor segue como um dos pilares da economia nacional, sendo responsável por 11% do PIB industrial brasileiro e mais de R$ 90 bilhões em royalties e participações especiais distribuídos em 2024, segundo dados da ANP.