Foto: Pexels
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O Presidente do conselho de administração da MGV Agroindustrial, Vitor Wanderley, afirmou que, em busca de maior sustentabilidade, o agro está buscando diminuir o uso de adubação química nas plantações.

Executivo participou do painel “Governança climática: casos práticos de implementação e resultados” nesta quarta-feira (8), durante o congresso do IGBC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), realizado em São Paulo (SP).

“Na área agrícola, a gente tá cada vez mais substituindo a adubação química por adubação biológica – é a chamada agricultura regenerativa, que eu acho que vocês já ouviram falar – e todo ano isso é feito com bastante quantidade de de área que tá migrando de uma coisa para outra. Não sei se a gente vai conseguir zerar o adubo químico, mas essa é a meta”, declarou.

Wanderley disse ainda que o setor tem se debruçado sobre pesquisas para investir mais em adubo biológico e fazer essa transição de maneira vantajosa para o bolso e para o meio ambiente.

Tá vindo ainda muito perto pesquisa. o CTC, que é o Centro de Tecnologia Canavieira, isso é uma das prioridades dele, né? E, de novo, na parte da indústria, a gente tem o biometano que vai realmente trazer o os níveis de emissão de de carbono da indústria sucro-energética bem baixo, talvez até negativo”, detalhou. “O adubo biológico está sendo usado já há algum tempo, inclusive, tem uma cientista brasileira que ganhou o prêmio Nobel, que é nessa linha de agricultura regenerativa. O que nós estamos procurando é justamente isso, tá? É você fazer isso ou igual ou mais barato.”

Segundo o executivo do agro, um exemplo de como o setor tenta manejar as demandas de sustentabilidade com o que é mais vantajoso financeiramente foi o processo de mecanização dos canaviais.

Wanderley disse que o processo de queima da cana-de-açúcar ajudava a fazer o corte manualmente, no entanto, com a proibição, os trabalhadores passaram a gastar mais tempo para realizar o mesmo trabalho; a mecanização foi a alternativa mais financeiramente viável para cumprir a nova demanda e continuar investindo um valor similar.

Próximos passos da companhia

Vitor Wanderley contou que a MGV Agroindustrial tem buscado trabalhar de maneira mais sustentável. Segundo ele, há dois anos, eles estão desenvolvendo um projeto para tornar as reservas autossustentáveis.

“Temos um trabalho agora de crédito de carbono com uma empresa Votorantim, chamado Votorantim Reservas, que esteve lá e calculou tudo. O Itaú é quem está intermediando isso. Vai ser lançado e vai ser assinado o primeiro contrato nosso de crédito de carbono na COP 30, esse ano. E nós vamos começar a vender isso”, revelou.