Durante o 26º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), realizado nesta terça-feira (8), em São Paulo, Roberta Carneiro, coordenadora-geral do capítulo Bahia do IBGC, destacou o avanço da governança corporativa no Nordeste e o papel da região na disseminação das boas práticas empresariais.
Em entrevista ao BP Money, Roberta ressaltou que o evento deste ano reuniu uma forte comitiva de representantes nordestinos, o que reflete a consolidação da governança como instrumento de desenvolvimento econômico sustentável fora do eixo Rio-São Paulo.
“Temos uma forte comitiva do Nordeste. No retorno, vamos levar o conhecimento para nossas comunidades. Tivemos eventos com a B3 e bancos, mostrando o valor da governança”, afirmou.
Nordeste ganha holofotes
A coordenadora destacou que o IBGC tem ampliado a atuação na região, com seminários e fóruns que aproximam o setor privado das melhores práticas corporativas.
Um exemplo foi o Seminário de Governança no Nordeste, que reuniu cerca de 250 pessoas e contou com a participação da B3 e de bancos para discutir a importância da transparência e da estrutura de gestão nas empresas locais.
Além disso, a agenda do IBGC Bahia inclui novos eventos voltados ao mercado regional, como o debate sobre “O impacto da COP30 para além do clima”, marcado para 29 de outubro, e o almoço com Marcelo Zenckner, ex-diretor de governança e integridade, que abordará riscos geopolíticos.
Governança como vetor de desenvolvimento regional
Roberta destacou ainda que o fortalecimento da gestão nas empresas nordestinas é também um instrumento de redução de desigualdades regionais.
“Quando uma empresa quebra, toda a comunidade é afetada — empregos e tributos se perdem. Empresas mais fortes e bem estruturadas garantem sustentabilidade econômica e promovem o desenvolvimento regional”, explicou.
Como a IA entra na governança?
A representante do IBGC Bahia também pontuou que a transformação digital e o uso estratégico da inteligência artificial já são temas centrais nas discussões sobre a gestão.
“A inteligência artificial não vai substituir as pessoas. Ela é uma parceira estratégica para potencializar resultados. O IBGC foi um dos primeiros institutos a tratar do tema no Brasil e segue trazendo esse debate para o centro das decisões”, destacou.
Avanço da cultura de governança no país
Para Roberta, o fortalecimento da gestão corporativa é um movimento irreversível no Brasil — e o Nordeste tem papel fundamental nesse avanço.
“Fortalecer a governança é fortalecer o próprio negócio. No Nordeste, esse movimento vem ganhando força e se traduz em empresas mais sólidas, preparadas e sustentáveis”, concluiu.
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