A Raízen (RAIZ4) afirmou na sexta-feira (10) que não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida ou pedido de recuperação judicial ou extrajudicial. Possibilidade foi ventilada após uma reportagem.
Na manhã do dia, o jornal Valor Econômico reportou que, pelo menos, um grande investidor desmontou uma posição de títulos de dívida externa da Raízen, derrubando o valor do papel no mercado secundário, disse o Money Times.
Segundo fontes do mercado o papel com vencimento em 2054 da joint venture entre Cosan e Shell caiu 20% em comparação com o fechamento da última quinta-feira (9) e 30% frente ao de quarta (8). As ações chegaram a ser negociadas a 62,875% do valor de face.
No fato relevante publicado na sexta-feira, a Raízen afirmou ainda que mantém posição robusta de caixa, com R$ 15,7 bilhões em disponibilidades ao final do primeiro trimestre 2025/26, e R$ 5,5 bilhões (US$ 1 bilhão) em linhas comprometidas de crédito rotativo (RCF) disponíveis.
A companhia também disse que continua a executar sua estratégia de gestão financeira voltada à otimização do perfil de endividamento e da estrutura de capital.“A Raízen reafirma a solidez de suas operações, o apoio de seus acionistas e parceiros e seu compromisso com a transparência e a divulgação tempestiva de informações relevantes ao mercado”, disse o comunicado ao mercado.
Raízen (RAIZ4) avança em reorganização societária
A Raízen (RAIZ4) aprovou nesta quarta-feira (1º) a incorporação da sua subsidiária Raízen Centro-Sul Comercializadora, conforme ata publicada pela companhia.
A operação busca simplificar a estrutura de capital e operacional, concentrando na própria companhia os ativos e passivos financeiros e operacionais da subsidiária, o que deve gerar ganhos de eficiência.
A incorporação faz parte de uma reorganização societária mais ampla do Grupo Raízen, voltada à transferência para a holding de praticamente todos os ativos, passivos e operações de cana-de-açúcar e etanol hoje exercidos por suas controladas.