O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) completou dez meses de pessimismo, aponta o levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgado nesta segunda-feira (13).
O índice subiu um ponto em outubro, para 47,2 pontos, mas a alta não foi o suficiente para ultrapassar a linha de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
A pesquisa mensal consultou 1.164 empresas: 458 de pequeno porte; 444 de médio porte; e 262 de grande porte, entre os dias 1º e 7 de outubro de 2025.
De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, ainda é cedo para apontar a reversão do quadro de falta de confiança. Azevedo lembra que, apesar de alto, o índice está quase três pontos abaixo da linha dos 50 pontos
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“O final do ano costuma ser mais favorável para a indústria e isso costuma se refletir nas expectativas. É possível que o ICEI melhore, mas não que essa falta de confiança que vem desde o início do ano se reverta”, explica.
Os dois componentes que compõem o ICEI melhoraram no mês de outubro. O Índice de Condições Atuais avançou 1,3 ponto, passando de 41,9 pontos para 43,2 pontos Resultado se deve à melhora na percepção dos empresários industriais sobre o momento das empresas e da economia brasileira. Ainda assim, o índice continua abaixo dos 50 pontos, o que indica que, para os entrevistados, as condições atuais dos negócios e da economia continuam piores do que eram há seis meses.
Já o Índice de Expectativas teve sua terceira alta consecutiva, crescendo 2,9 pontos. O indicador chegou aos 49,1 pontos, abaixo da linha de 50 pontos. Esse patamar revela que as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses continuam negativas, embora menos pessimistas do que em setembro. A ligeira melhora das expectativas reflete perspectivas menos negativas dos empresários para o futuro da economia e mais positivas para as próprias empresas.
