Foto: Geograph
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O JPMorgan Chase, maior banco dos Estados Unidos em ativos, divulgou nesta terça-feira (14) um resultado sólido para o terceiro trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado em lucro e receita. No entanto, o aumento das provisões para perdas de crédito chamou atenção dos investidores, indicando uma postura mais conservadora diante do ambiente econômico.

No período, o banco reportou um lucro líquido de US$ 14,39 bilhões, o que representa um avanço de 12% em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando lucrou US$ 12,9 bilhões. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento da receita e suas principais linhas de negócio.

O EPS (lucro diluído por ação) ficou em US$ 5,07, superando com folga a estimativa do mercado, que era de US$ 4,85. O número reforça a capacidade do banco de gerar resultados robustos mesmo em um cenário macroeconômico mais desafiador.

Proteção contra inadimplência

A receita total do JPMorgan no trimestre atingiu US$ 46,43 bilhões, alta de 9% na comparação anual. O resultado reflete a combinação de fatores como o aumento das taxas de juros — que favorece a margem financeira dos bancos — e o bom desempenho em áreas como serviços bancários corporativos.

O banco decidiu reforçar suas provisões para perdas de crédito, que também cresceram 9% no período, totalizando US$ 3,4 bilhões. Essa medida indica uma visão mais cautelosa da instituição quanto ao risco de inadimplência nos próximos trimestres.

Reação do mercado

Mesmo com os números positivos, os investidores reagiram com certa cautela. Às 8h (horário de Brasília), as ações do JPMorgan registravam queda de 0,2% no pré-mercado da bolsa de Nova York.