Taxas do Tesouro Direto recuam e animam investidores
Tesouro Nacional / Divulgação

A necessidade líquida de financiamento do governo geral (governo central, estados e municípios) chegou a 8,93% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre de 2025, um aumento de 0,09 p.p. (Ponto Percentual).

Dados estão no Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do 2º trimestre de 2025, divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Tesouro Nacional. O documento mostra estatísticas das três esferas consolidadas no governo geral – governo central, governos estaduais e municipais.

Segundo o Tesouro Nacional o resultado é explicado pelo aumento nominal da despesa (9,06%) e da receita do governo geral (8,86%) em relação ao mesmo período de 2024. “Nas estatísticas de finanças públicas, há uma necessidade líquida de financiamento quando a diferença entre a receita e a despesa é negativa. Quando há um resultado positivo, existe uma capacidade líquida de financiamento”, explicou o órgão.

“A decomposição por esfera de governo da necessidade de financiamento de 8,93% do PIB do Governo Geral mostra que esse valor é resultante da necessidade de financiamento do governo central (8,71% do PIB) e dos governos estaduais (0,47% do PIB), compensada por uma capacidade de financiamento dos governos municipais (0,25% do PIB) no segundo trimestre de 2025.”

O governo geral apresentou, durante o segundo trimestre de 2025, teve o leve aumento de 0,4 p.p. do PIB em comparação com o mesmo período de 2024, passando de 38,35% para 38,39% do PIB período. As principais variações dos componentes da receita foram a inclusão de 0,12 p.p. do PIB nas contribuições sociais, a redução de 0,40 p.p. do PIB em dividendos e a diminuição de 0,30 p.p. na Cofins.

Já nas despesas do governo geral, considerando os gastos e investimento líquido, passaram de 47,19% do PIB no 2º trimestre de 2024 para 47,32% do PIB no período analisado, o que representa um aumento de 0,13 p.p. do PIB. A decomposição da despesa no período analisado mostra que os gastos passaram de 46,59% para 47,14% do PIB, enquanto o investimento líquido passou de 0,59% do PIB para 0,18% no mesmo período.

O Tesouro Nacional destacou o aumento de 1,37 p.p. do PIB nas despesas com juros, influenciado pela elevação da Selic. Já a redução de 0,42 p.p. do PIB no investimento líquido do governo geral reflete, principalmente, a diminuição de 0,41 p.p. no investimento líquido dos governos municipais no segundo trimestre de 2025 frente ao mesmo período do ano anterior.