Foto: divulgação Jefferies
Foto: divulgação Jefferies

A Jefferies afirmou que o fundo Point Bonita, ligado ao colapso da fabricante de autopeças First Brands, opera de forma completamente separada das atividades de banco de investimento da instituição.

Durante apresentação a investidores nesta quinta-feira (17), o presidente do Jefferies, Brian Friedman, destacou que o fundo está “absolutamente separado, distinto e distante” do core da operação. “É uma espécie de Chinese Wall 101”, disse ele, em referência à barreira ética entre áreas da mesma instituição financeira.

Segundo Friedman, a decisão de investir na First Brands foi tomada em 2019 pela equipe de gestão de ativos da Point Bonita, sem qualquer envolvimento da área de banco de investimento.

O caso ganhou repercussão após a First Brands pedir recuperação judicial no fim de setembro, listando mais de US$ 10 bilhões em passivos, poucos dias depois da quebra da financeira Tricolor, também exposta ao setor automotivo. O episódio abalou a confiança no mercado de crédito corporativo em Wall Street.

Handler também comentou o aumento de tensão no setor. “Há uma briga acontecendo entre bancos e financeiras, cada um tentando empurrar a culpa para o outro”, disse.

A Jefferies, reforçou que sua exposição à First Brands é limitada e que qualquer perda será “prontamente absorvível”. A empresa revelou que a gestora Leucadia Asset Management, sua afiliada, detém cerca de US$ 715 milhões em recebíveis vinculados à First Brands.

Mesmo assim, os papéis da Jefferies seguem pressionados desde a divulgação do caso.