A quarta maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo, a XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group) atua no mercado brasileiro há dez anos comercialmente, porém já têm planejamentos para iniciar a expansão. A maior rede de revenda da companhia no país, o Grupo Extra, sediada em Sumaré (SP), resolveu investir na fabricante.
O grupo anunciou durante a semana que colocará em prática um plano de expansão de R$ 50 milhões para ampliar sua presença em todo o Brasil. No momento, a companhia mantém lojas espalhadas pelos estados de Mato Grosso, Pará, Goiás e São Paulo.
O presidente e fundador do Grupo Extra Máquinas, Pérsio Briante, disse em entrevista à AgFeed que a meta da companhia é abrir outras 12 lojas e um Centro de Distribuição na cidade de Parauapebas (PA).
“Teremos novas lojas nos estados que já atuamos e uma em Brasília. Esse investimento pode ser até maior que R$ 50 milhões, dado a logística do país”, disse o presidente em encontro com a imprensa.
Em 2020 a empresa começou suas atuações de forma exclusiva com gigante chinesa, XCMG. “Criamos uma grande experiência no varejo em todos esses anos e chegamos na XCMG atuando primeiro em Mato Grosso, depois expandimos para Goiás e Pará”, afirmou.
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Antes de distribuir a marca chinesa, o faturamento da companhia girava em torno dos R$ 6 milhões. Para este ano, a projeção é atingir os R$ 650 milhões, mais de 40% frente aos R$ 450 milhões em receita no ano passado. O intuito é fechar a década com um faturamento de R$ 1,5 bilhão.
A trajetória do grupo ocorre quase que de forma simultânea com os planos da XCMG no Brasil. A fabricante chinesa chegou ao país em 2011, anunciando um investimento de US$ 200 milhões para a construção de uma fábrica na cidade de Pouso Alegre (MG).
Atualmente, a XCMG é a quarta maior empresa do mundo em fabricação de máquinas agrícolas. No último semestre, a XCMG apontou uma receita operacional de cerca de US$ 7,6 bilhões, uma alta de 8% em um ano, indicando que está caminhando na contramão do setor em todo mundo.
A líder global do segmento no mundo, a John Deere, por exemplo, faturou US$ 21,2 bilhões no mesmo período, entretanto, o montante representou uma queda de 22% em comparação ao mesmo momento do ano passado.
“A XCMG é uma empresa agressiva e nós estamos acompanhando esse ritmo. O Grupo Extra procura atender a companhia como uma empresa coligada que a assiste” disse Briante.
