
O Ministério da Fazenda e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciaram, nesta sexta-feira (24), que as autoridades da China autorizaram a listagem de fundos de índice (ETFs) para o investimento em quotas de ETFs do Ibovespa nas bolsas de Xangai e Shenzhen. Ação faz parte do Programa Conexão de Fundos de Índice Brasil–China (Brazil–China ETF Connect).
O programa estabelece um mecanismo de listagem recíproca de ETFs entre a B3 e as bolsas chinesas. Lançado oficialmente em 26 de maio deste ano, o programa teve início com os primeiros fundos da Bradesco Asset e, posteriormente, da Itaú Asset, referenciados nos índices chineses CSI 300 e ChiNext, listados na B3.
Agora, o programa entra em uma nova fase, com a listagem, pelas gestoras chinesas EFunds, China Universal e China Asset Management, de ETFs referenciados no índice brasileiro Ibovespa B3.
“Esse esforço abre caminho para que o setor privado aproveite as imensas oportunidades existentes em ambos os mercados, em um ambiente de estabilidade regulatória, confiança mútua e previsibilidade econômica. Estabelecer canais que aproximem investidores dos dois países e de seus mercados é fundamental para ampliar o conhecimento mútuo, corrigir assimetrias de informação e fomentar oportunidades de investimento de forma geral”, destacou a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, a embaixadora Tatiana Rosito.
A autorização faz parte de um conjunto de iniciativas apoiadas pelo governo brasileiro
A recente autorização se insere em um conjunto de iniciativas apoiadas pelo governo brasileiro, por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais (Sain), destinadas a promover a integração dos mercados de capitais entre o Brasil e a China.
O tema foi objeto de tratativas com as autoridades chinesas no contexto da 11ª Reunião da Subcomissão Econômico-Financeira da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em 17 de setembro de 2025, copresidida pela embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, e pelo vice-ministro de Finanças da China, Liao Min.