Foto: Divulgação/ Vitacon
Foto: Divulgação/ Vitacon

Investidores que compraram imóveis enquadrados no programa HIS (Habitação de Interesse Social), em um empreendimento da construtora Vitacon, em Moema, na zona sul de São Paulo, afirmam ter sido enganados e lesados pela empresa, que teria vendido as unidades como um “investimento de alta rentabilidade”, sem explicar as restrições das moradias sociais.

O grupo de investidores relatou que os imóveis foram vendidos com promessas de locação de curta duração via HOUSi, empresa ligada à Vitacon. Após descobrir as limitações no negócio, os compradores se organizaram em grupos e cogitaram uma ação coletiva contra a construtora. A denúncia chegou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga irregularidades na venda de HIS em São Paulo.

Advogados relatam que, caso comprovada a falta de informação, pode haver responsabilização por perdas e danos. Por sua vez, a Vitacon pode constar que os investidores assinaram os contratos que citavam tais restrições, levando o caso para uma disputa de provas sobre o processo de transparência na hora da venda.

Durante a sessão da CPI, em São Paulo, o fundador da Vitacon, Alexandre Frankel, permaneceu em silêncio diante das perguntas dos parlamentares. A postura no ambiente reforçou a repercussão do caso e intensificou o debate sobre a transparência e responsabilidade entre investidores e desenvolvedores imobiliários.

Uma recente decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) estabeleceu um caráter protetivo ao consumidor, limitando a 25% a retenção em distratos e devolvendo 75% dos valores investidos.