
Os mercados financeiros se preparam para uma semana decisiva entre os dias 27 e 31 de outubro, marcada por reuniões de quatro grandes bancos centrais: Fed (Federal Reserve), BCE (Banco Central Europeu), BoJ (Banco do Japão) e BoC (Banco do Canadá). As decisões devem aumentar a volatilidade nos mercados globais, em um ambiente ainda permeado por incertezas comerciais e resultados corporativos de gigantes da tecnologia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpre agenda na Ásia, investidores acompanham de perto as negociações comerciais com a China e a possibilidade de uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping. O tema volta ao centro das atenções após Trump ameaçar tarifas superiores a 100% sobre produtos chineses, caso não haja acordo sobre o comércio de terras raras.
Na América Latina, o Banco Central do Chile abre a agenda de decisões na terça-feira (28), com expectativa de manutenção da taxa básica em 4,75%. Já na quarta (29), o Banco do Canadá deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para 2,25%, movimento reforçado pela recente imposição de tarifas adicionais dos EUA sobre produtos canadenses.
O foco, porém, recai sobre o Federal Reserve, que deve anunciar novo corte nas taxas de juros, levando o intervalo para 3,75% a 4%. O mercado também aguarda sinais sobre divisões internas no comitê, especialmente após o novo diretor Stephen Miran indicar apoio a uma redução mais agressiva. Na quinta-feira (30), as atenções se voltam ao BCE e ao BoJ, que devem manter suas políticas monetárias inalteradas.
Paralelamente, a temporada de balanços corporativos promete movimentar as bolsas de Nova York. Na quarta-feira, Microsoft, Alphabet e Meta Platforms divulgam resultados, com destaque para a controladora do Google. No dia seguinte, Amazon e Apple completam a semana de resultados das big techs.
No Brasil, o foco deve ser menor, mas indicadores locais seguem no radar. Os dados do Caged e da Pnad Contínua trarão sinais sobre o mercado de trabalho, enquanto o Boletim Focus, divulgado nesta segunda (27), deve ser acompanhado após o recente rali nos juros futuros e as apostas em desaceleração inflacionária.