De olho no calendário eleitoral, os governos federal, estaduais e municipais deram mais celeridade aos gastos públicos — um movimento que pode adicionar cerca de 1,5 ponto percentual ao PIB (Produto Interno Bruto), com impacto máximo esperado entre o segundo e o terceiro trimestres de 2026, segundo estimativas.
“O crescimento real do gasto obrigatório ficou negativo em 2,4% no primeiro semestre, na comparação com igual período de 2024, mas deve crescer 11% no segundo semestre. Já o gasto discricionário, que caiu 20,6% na primeira metade do ano por causa da demora na aprovação do Orçamento, deve avançar 34,6% na segunda metade”, afirma Ítalo Franca, chefe de política fiscal e estudos especiais do Santander, em entrevista ao Valor.
Medidas para impulsionar as despesas públicas
Além disso, uma série de medidas deve impulsionar ainda mais as despesas públicas. O especialista cita, entre elas, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o aumento dos gastos dos Estados e a maturação de programas como o Gás do Povo, a ampliação do Luz para Todos, a faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida e o novo programa de crédito para reformas.
“É muito estímulo. O mercado pode se surpreender com a reaceleração da economia”, avalia Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da gestora ARX Investimentos.
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