
De acordo com a gerente geral de Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente da Petrobras (PETR3; PETR4), Daniele Lomba – que esteve presente em todo o processo de concessão da licença ambiental da Margem Equatorial – as bacias da região são maiores que as bacias do Sudeste somadas, que sustentam a produção da estatal até hoje desde a sua criação, em 1953.
“Do Rio Grande do Norte ao Amapá é uma área maior do que as bacias do Sudeste, Campos, Santos e Espírito Santo, então é importante que se conheça esse potencial que vai ser importante para a nossa autossuficiência”, disse, em palestra na FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre a pobreza energética.
Alinhada com o posicionamento da presidente da companhia, Magda Chambriard, Lomba defendeu a adição energética ao invés da transição, afirmou que o petróleo é necessário para garantir a segurança energética do planeta e que nenhum grande produtor da commodity parou de produzir por conta do meio ambiente.
“Novas fronteiras são essenciais para garantir segurança energética e ajudar a acabar com a pobreza energética”, explicou a gerente em relação à Margem Equatorial.
A gerente ainda afirmou que há “uma grande expectativa de que [a exploração da Margem Equatorial] que vai se reverter em muito óleo e desenvolvimento econômico para o País”.
Em um estudo sobre os impactos futuros das descobertas do “novo pré-sal” na Margem Equatorial, Lomba simulou qual seria o impacto para os estados no entorno da nova fronteira, se a produção fosse semelhante à da Guiana, vizinha ao reservatório brasileiro e que produz 700 mil barris por dia de petróleo.
Segundo o estudo, seriam gerados 2,1 milhões de empregos diretos; R$ 419 bilhões de adição ao PIB (Produto Interno Bruto) do País, atualmente o PIB do Amapá é de R$ 23 bilhões; R$ 25 bilhões de acréscimo de tributos; e R$ 20 bilhões de royalties e participações.