
Os EUA e o Japão firmaram acordos e parcerias envolvendo reatores nucleares de nova geração e terras raras, em um movimento que busca fortalecer a cooperação tecnológica entre os países e reduzir a dependência global da China nesses setores estratégicos.
O presidente norte-americano Donald Trump e a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi assinaram o acordo nesta terça-feira (28), no Palácio Akasaka, em Tóquio, com o objetivo de assegurar o fornecimento de minerais críticos.
Embora o comunicado conjunto não tenha feito menção direta à China, o tema é sensível: Pequim processa mais de 90% das terras raras do mundo e recentemente ampliou restrições às exportações, o que acendeu alertas sobre segurança de suprimentos entre as principais economias globais.
Trump e o presidente chinês Xi Jinping devem se reunir na quinta-feira (30), à margem da Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul, para discutir um possível acordo que envolva a suspensão de tarifas e o relaxamento dos controles de exportação chineses sobre esses insumos.
De acordo com a Casa Branca, os EUA e o Japão pretendem usar ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o “desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais essenciais e terras raras”. As informações são do InfoMoney.
Brasil e EUA não chegam a acordo sobre tarifas
O chanceler brasileiro Mauro Vieira informou nesta segunda-feira (27) que o governo dos EUA concordou em estabelecer um cronograma de negociações com o Brasil para tentar resolver a questão do tarifaço imposto pelo país norte-americano.
O encontro realizado na Malásia, a pedido de Lula e Trump, não resultou na suspensão temporária das tarifas, conforme solicitado pelo presidente brasileiro.
Segundo Vieira, os dois países agora vão discutir exclusivamente questões comerciais.
Participaram da reunião, pelo lado brasileiro, o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do MDIC Márcio Elias Rosa e o embaixador Audo Faleiro.