
Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro passou por uma profunda transformação. Com juros mais baixos e maior apetite por diversificação, investidores começaram a explorar produtos antes restritos a grandes instituições, entre eles, o FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que se consolidaram como uma das principais portas de entrada para o crédito privado no país.
Em agosto, o segmento alcançou a marca de R$ 800 bilhões em patrimônio, ultrapassando os R$ 600 bilhões dos fundos de ações, segundo dados da Anbima.
O avanço reflete uma mudança de mentalidade: o investidor brasileiro está mais aberto a instrumentos sofisticados, mas também mais atento à importância da educação financeira e da transparência.
Gestoras na linha de frente
Entre as casas que ajudaram a moldar esse movimento está a Ouro Preto Investimentos, que completa 15 anos de atuação apostando em prudência e consistência. Desde sua fundação, a gestora se destacou na estruturação de FIDCs, tornando-se uma das referências do mercado.
“Há uma década e meia, o FIDC era pouco conhecido. Fizemos um trabalho de educação e, hoje, o produto é central nas carteiras institucionais”, afirma Leandro Turaça, sócio-fundador da casa.
Com R$ 12 bilhões sob gestão, a Ouro Preto expandiu sua atuação para fundos estruturados e crédito privado, mas mantém o FIDC como carro-chefe. A estratégia é equilibrar retorno e segurança, evitando riscos desnecessários e produtos alavancados.
Educação como base da maturidade
Para especialistas, o avanço dos FIDCs simboliza uma etapa mais madura do mercado de capitais brasileiro. A educação financeira, antes um diferencial, agora é um requisito. Gestoras e assessores compartilham a responsabilidade de formar um investidor mais consciente e preparado para lidar com produtos sofisticados.
“Vivemos um momento de maturidade. Crescemos com paciência e consistência, e queremos seguir evoluindo com o mercado, sem abrir mão dos princípios que nos trouxeram até aqui”, conclui Turaça.