Uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro resultou na apreensão de 118 armas, nesta terça-feira (29), nas comunidades do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, na Zona Norte da capital. No total, 91 eram fuzis, avaliados em cerca de R$ 5,4 milhões, segundo estimativa da polícia.
As investigações apontam que parte das armas de alto poder de fogo estava nas mãos de traficantes de outros estados, abrigados em territórios controlados pela facção Comando Vermelho (CV).
Durante as apreensões, policiais encontraram inscrições gravadas nas coronhas de alguns fuzis, como “CV AM” (referência ao Comando Vermelho do Amazonas) e “tropa de Manaus”. Segundo a polícia, as marcações reforçam indícios da presença de criminosos de fora do Rio nas operações da facção.
“Entre os 113 presos, há traficantes de outros estados. As inscrições nas armas são um forte indício de que parte do arsenal era usada por esses grupos interestaduais”, afirmou o delegado Carlos Oliveira, subsecretário de Planejamento Operacional da Polícia Civil.
Na Vila Cruzeiro, 19 fuzis foram apreendidos com 25 criminosos, que chegaram a fazer uma moradora refém antes de se renderem à polícia. Além das armas, foram encontrados acessórios de precisão, como lunetas e miras holográficas.
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“Esses equipamentos aumentam a precisão dos disparos e permitem que o atirador acerte alvos a longas distâncias”, explicou Vinicius Cavalcante, presidente do Conselho Empresarial da Associação Comercial do Rio e especialista em armamentos.
Além dos fuzis, as forças de segurança recolheram 26 pistolas, um revólver e 14 artefatos explosivos, todos em condições de uso. Segundo a polícia, parte do arsenal foi empregada nos confrontos contra os 2.500 agentes mobilizados na operação.
O material será periciado, e uma investigação busca rastrear a origem das armas e identificar as rotas de entrada no estado.
