
A semana de 26 a 31 de outubro está sendo marcada pelo impacto dos EUA: tanto pela atuação diplomática de Donald Trump quanto pela divulgação da nova taxa de juros do país. No Brasil, a divulgação de balanços trimestrais movimentou a bolsa. Além disso, o Ibovespa já acumula quatro recordes de fechamento seguidos.
A semana de 19 a 25 de outubro foi impactada por decisões da política exterior, principalmente dos EUA, mas que, no Brasil, tem gerado uma leve recuperação nos mercados e uma certa estabilidade no câmbio.
Na segunda-feira (27) o mercado repercutiu o encontro entre o presidente Lula e Donald Trump na Malásia.
Em postagem nas suas redes sociais, Lula disse que a reunião de cerca de 50 minutos foi “ótima” e acrescentou que as negociações continuam “imediatamente” para buscar soluções para o tarifaço e também para sanções contra autoridades brasileiras impostas por Trump.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou o encontro nas redes sociais e afirmou que que as imagens da reunião entre os líderes representam uma “derrota e pequenez” de Lula diante do presidente republicano.
Durante a viagem à Ásia, a expectativa de um acordo entre EUA e China também movimentou os mercados. Em coletiva de imprensa a bordo do Air Force One, a caminho do Japão, Trump afirmou que “as partes vão chegar a um acordo” e indicou que um entendimento sobre o futuro do TikTok no país pode ser assinado ainda nesta semana.
O clima otimista fez com que o Ibovespa batesse recorde de fechamento pela primeira vez na semana, com uma alta de 0,54%, aos 146.957. O dólar comercial baixou 0,42%, cotado a R$ 5,370.
O cenários dos EUA continuou influenciando na terça-feira (28), véspera da divulgação das novas taxas de juros norte-americanas. Neste dia, o Ibovespa bateu recorde novamente com alta de 0,31%, renovando o recorde do índice, aos 147.428 pontos. O dólar comercial caiu 0,19%, cotado a R$ 5,359.
Neste mesmo dia, Trump voltou a criticar Jerome Powell, atual chair do Fed (Federal Reserve). O republicano afirmou que Powell é “incompetente” e deve ser substituído em breve.
O principal índice acionário Brasileiro já iniciou a quarta-feira (29) em alta com a previsão de corte na taxa de juros norte-americana, que se confirmou à tarde. Após a retirada de 0,25 ponto percentual, os juros passam a atuar entre 3,75% e 4%. O movimento foi o segundo corte consecutivo promovido pela autoridade monetária.
Apesar do resultado esperado, Jerome Powell demonstrou incerteza sobre um novo corte de juros na reunião de dezembro. De acordo com ele, o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) apresenta visões divergentes entre os 19 integrantes, o que torna prematura qualquer previsão sobre a próxima reunião.
Pela manhã, ainda no aguardo de um corte feito pelo Fed, o Ibovespa bateu pela primeira vez os 148 mil pontos, nova máxima intradiária e fechou novamente em recorde, com alta de 0,82%, aos 148.632,93 pontos. O dólar comercial desceu 0,03 %, a R$ 5,35. Para o JPMorgan, existe uma grande possibilidade de que a comemoração de recordes se repita até o fim do ano.
Ainda movimentando a quarta, a Nvidia se tornou a primeira empresa a superar os US$ 5 trilhões em valor de mercado, superando o PIB do Japão e impulsionando as bolsas norte americanas. No ano, o avanço dos papéis da Nvidia já é superior a 53%, colocando a empresa entre as maiores valorizações do índice S&P 500.
À noite, o Bradesco divulgou o seu balanço semestral, o que impactou para que o banco terminasse a quinta-feira (30) liderando as maiores quedas do Ibovespa.
No penúltimo dia útil da semana, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados do Novo Caged: o Brasil gerou 213.002 empregos formais no mês de setembro. O resultado é fruto de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos em todo o país. Além do dado de emprego, foi divulgado o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). O resultado veio abaixo do esperado por investidores.
O tão esperado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping foi realizado e, com ele, Os EUA e a China fecharam uma trégua comercial de um ano. O acordo firmado entre os dois presidentes suspende restrições e tarifas que vinham elevando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
O Ibovespa encerrou a sessão com uma leve alta de 0,10%, aos 148.780. Em relação ao câmbio, o dólar comercial avançou 0,42%, cotado a R$ 5,380.
Após o fechamento do mercado, A Vale (VALE3) divulgou o balanço do terceiro trimestre. Mesmo após um trimestre anterior mais fraco, a Vale (VALE3) mostrou recuperação nos resultados do terceiro trimestre de 2025. A mineradora reportou lucro líquido de US$ 2,68 bilhões, um avanço de 11% na comparação anual e de 27% em relação aos três meses anteriores.
Esse e os balanços da Apple e da Amazon podem repercutir na sexta-feira (31), assim como o acordo entre EUA e China. No Brasil, está prevista a divulgação de dados de desemprego pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		