Ana Leoni, CEO da Planejar (Foto: divulgação)
Ana Leoni, CEO da Planejar (Foto: divulgação)

O Brasil se consolidou como o quinto maior mercado de profissionais CFP (Certified Financial Planner), mas cada especialista ainda tem potencial para atender cerca de 11 mil clientes, destacou Ana Leoni, CEO da Planejar, durante o Encontro Anual Sobre Índices e ETFs, realizado nesta quinta-feira (30), em evento acompanhado pelo BP Money.

“Brasil é o 5º maior mercado de CFP, mas cada profissional ainda atende 11 mil clientes”, afirmou.

Para Leoni, o crescimento da certificação no país ainda tem espaço significativo, especialmente considerando o papel dos profissionais na educação financeira.

“Quanto mais qualificados os profissionais são, mais negócios eles gerem, e mais eles ajudam nesse processo educacional”, disse.

Educação e ética: prioridades para profissionais do mercado

Durante o evento, a executiva ressaltou também a importância de um mercado seguro e ético, com acesso democrático à informação e práticas concorrenciais justas.

Segundo ela, cabe aos profissionais orientar os clientes de forma responsável, ajudando-os a tomar decisões financeiras mais informadas e de longo prazo.

Leoni apontou que o mercado brasileiro evoluiu bastante nos últimos anos, mas ainda há desafios: aumentar a qualificação ativa dos profissionais e ampliar a capacidade de atendimento e educação dos investidores. A especialista destacou a certificação adicional que reforça a distinção e a preparação dos planejadores.

Profissionais precisam unir técnica e comunicação

Segundo Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a “abordagem” é o principal ponto que os investidores esperam dos profissionais do setor financeiro.

“A gente acha que o investidor quer que a gente explique ETF de trás pra frente, o índice que está atrás do ETF, quais os agentes envolvidos na formação do ETF e a gente espera que o cliente queira esse conhecimento técnico. Aí os clientes falam: ‘eu queria que meu assessor, gerente e consultor me ouvisse, entendesse o que eu preciso e me dissesse o que ajuda nisso’”, comenta Marcelo relatando as respostas que recebeu após uma pesquisa com investidores.

“Chega uma pessoa aqui com uma certificação da ANBIMA, que sabe o que é um fundo, um CDB ou um ETF, ela sabe. Só que ela não sabe conversar com o investidor”, acrescentou Marcelo.