Foto: Gerdau/Divulgação
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A Gerdau (GGBR3; GGBR4) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com avanço no volume de vendas e crescimento da receita, mas com retração no lucro. O resultado foi pressionado pela valorização do real frente ao dólar e pela menor rentabilidade das operações, mesmo com ganhos de produtividade e controle de custos.

A receita líquida somou R$ 17,98 bilhões, alta de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada sobretudo pela expansão de 9,1% no volume de vendas, com destaque para a América do Norte, que respondeu por 50% da receita consolidada.

Ainda assim, o lucro líquido caiu 23,9%, para R$ 1,09 bilhão, enquanto o Ebitda ajustado recuou 9,2%, totalizando R$ 2,74 bilhões.

Os custos também apresentaram melhora: o custo por tonelada vendida caiu 1,9% na comparação anual, refletindo a redução de despesas fixas e ganhos de eficiência nas operações da América do Norte e do Sul. Esses fatores compensaram o aumento dos custos por tonelada no Brasil.

Gerdau (GGBR4) reua quase 4% da dívida líquida

A dívida líquida encerrou setembro em R$ 8,77 bilhões, queda de 3,8% frente ao trimestre anterior. O resultado financeiro também evoluiu positivamente, com melhora de 33,4% ante o segundo trimestre e 30,9% em relação a um ano antes, somando R$ 223 milhões negativos. A alavancagem ficou em 0,81 vez, ainda abaixo da política de endividamento da empresa.

Nos investimentos, a companhia aplicou R$ 1,7 bilhão em Capex no trimestre, com cerca de 60% voltados ao aumento da competitividade operacional.

No Brasil, a Gerdau concluiu o ramp-up da nova linha de bobinas a quente em Ouro Branco (MG), que adicionou 250 mil toneladas de capacidade anual. Nos EUA, avançou o comissionamento do Projeto Solar Pile, em Midlothian (Texas), voltado ao setor de energia solar.

Para o próximo ano, a empresa prevê redução de 22% no Capex, estimando R$ 4,7 bilhões em 2026, diante da conclusão de projetos estruturantes e do foco em eficiência.