A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante divulgação dos dados do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre de 2025. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante divulgação dos dados do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre de 2025. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que “não há nenhuma discussão em mudar a meta de inflação” e defende rigidez. Declaração foi dada ao podcast Warren Política, divulgado na sexta-feira (31). Informações via Infomoney.

Para a integrante do CMN (Conselho Monetário Nacional), “temos que ser duros mesmo na meta de inflação para mirar nela a todo custo”. Para Tebet, a meta de inflação está “bem posicionada” e admitiu que os membros do governo devem fazer ajustes fiscais ser “um pouco mais” rigorosos e ter mais parcerias no Congresso Nacional. A ministra voltou a dizer que a revisão de gastos não é feita só pelo Executivo, e necessita do apoio do Legislativo.

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT-SP), segundo Simone Tebet, visa cumprir os compromissos eleitorais defendidos em 2022. “Não dá para questionar o presidente de estar querendo cumprir aquilo que prometeu na eleição”, sustentou, citando a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).

A ministra também descartou o reajuste do Bolsa Família e a tarifa zero para transporte coletivo em 2026 e disse que o Congresso não aceitaria, em ano eleitoral, aumentar receitas. “Não estão na mesa.”

Sobre o arcabouço, Tebet defendeu que a regra fiscal é “exequível, sustentável e a possível”, mas não resolve o problema da dívida pública. “Ela garante a estabilidade da dívida pública a partir de 2029.”

Durante a entrevista, a ministra do Planejamento e Orçamento defendeu que o Brasil teve importantes reformas nos últimos oito anos, incluindo os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) – reforma trabalhista, reforma da Previdência, novo marco do saneamento básico, reforma tributária e a autonomia do Banco Central.

Alckmin diz que governo segue atuando para reduzir tarifaço

Após participar de cerimônia de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida em Bauru, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (31), o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que houve um avanço significativo na relação entre Brasil e Estados Unidos depois do encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, mas que ainda é preciso esperar os desdobramentos das próximas reuniões.

Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, confirmou que não há data marcada para uma reunião entre negociadores brasileiros e do governo dos Estados Unidos para discutir o tarifaço.

“Foi dado um passo muito importante e agora vamos aguardar os desdobramentos. Não tem ainda uma data marcada, mas nós estamos muito otimistas que a gente vai poder avançar num ganha-ganha”, afirmou Alckmin.