
A Cosan (CSAN3) acaba de precificar a primeiro oferta de ações para o aumento de capital, com o papel precificado em R$ 5, conforme o previsto, e com a venda de todo o lote adicional, apurou o Valor Econômico em matéria publicada nesta segunda-feira (3).
Sendo assim, a transação deve somar R$ 9 bilhões, que irão para o caixa da empresa de Rubens Ometto para com o intuito de reduzir o endividamento. Segundo uma fonte, a demanda pela oferta foi de cerca de 10 vezes o livro. Os investidores aceitaram restrição de venda por um período de 2 anos.
A capitalização do conglomerado do agronegócio foi ancorada pelo BTG Pactual (BPAC11), que colocou R$ 4,5 bilhões, e a gestora Perfin, com R$ 2 bilhões. A transação já foi aprovada pelo Cade (Conselho de Defesa Econômica). O family office de Ometto, o Aguassanta, se comprometeu com R$ 750 milhões.
Ainda segundo interlocutores, dos R$ 1,8 bilhão vendidos ao mercado, R$ 900 milhões foram destinados a investidores institucionais e R$ 900 milhões ao varejo.
A companhia fará uma segundo oferta pública que deverá somar R$ 1 bilhão mas sem “lock-up” e com direito de preferência para os acionistas atuais. O preço será o mesmo da primeira oferta (R$ 5 por ação).
BTG Pactual, Bradesco BBI, Santander e Itaú BBA foram os coordenadores da oferta.
Shell busca alternativas de capitalização para Raízen, diz jornal
A Shell está buscando alternativas de capitalização para a Raízen (RAIZ4), que precisa ajustar o seu balanço devido a um endividamento de cerca de R$ 50 bilhões, revelou o jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (3). A empresa contratou o banco Lazard para ajudar na nova estrutura
Segundo a reportagem, um dos pontos que estão sendo discutidos é buscar uma solução na qual a Shell não tome controle da empresa – que é uma joint venture com a Cosan -, disseram interlocutores.
Uma fonte afirmou que a Shell estaria disposta a colocar até US$ 1 bilhão na empresa, mas quer atrair investidores para também participar do aumento de capital. Contudo, uma pessoa próxima das tratativas disse que os candidatos ao aporte até o momento não teriam interesse em toda a Raízen, mas em ativos específicos, o que não despertou o interesse da Shell.