
O Bitcoin (BTC) aprofunda as perdas nesta terça-feira (4), chegando a tocar US$ 103.539, seu menor nível desde junho, antes de voltar à faixa dos US$ 104 mil.
O movimento reflete um cenário global de aversão ao risco, com investidores reduzindo exposição a ativos voláteis e buscando proteção em opções mais conservadoras.
O clima negativo não se limita ao mercado cripto. Nos EUA, os futuros dos principais índices acionários também operam em queda: o S&P 500 recua cerca de 1,1%, enquanto o Nasdaq 100 cai aproximadamente 1,5%.
Já o Dow Jones apresenta baixa em torno de 0,7% (cerca de 300 pontos), reforçando que o ajuste é amplo e atinge diferentes classes de ativos.
A pressão se intensifica após preocupações de que o recente corte de juros do Fed ainda não seja suficiente para aliviar as condições financeiras rígidas, sobretudo diante de uma inflação persistente.
Nesse ambiente, investidores seguem migrando para instrumentos defensivos, como títulos do Tesouro e ouro, drenando liquidez de mercados de risco.
Do ponto de vista técnico, o BTC testa uma zona crítica entre US$ 103 mil e US$ 105 mil, que surge como suporte imediato. A perda clara dessa faixa pode abrir espaço para uma correção mais acentuada rumo à região de US$ 100 mil a US$ 101 mil.
Pelo lado da recuperação, US$ 107 mil é o primeiro nível de resistência relevante, seguido por US$ 110 mil, ponto-chave para retomar tração positiva.
Com o mercado monitorando os próximos dados macroeconômicos e possíveis novos sinais do Fed, a tendência dominante deve continuar sendo de cautela. A consolidação de um suporte sólido será determinante para que o Bitcoin recupere estabilidade e volte a atrair fluxo comprador.