
O presidente dos Correios, Emmanuel Rondon, demitiu três dos oito diretores como parte do processo de reestruturação da estatal. As demissões, planejadas há semanas, seriam parte do processo de reestruturação da estatal.
Informação foi revelada previamente pelo Times Brasil e confirmadas pela coluna de Eduardo Gayer. As exonerações foram seladas nesta terça-feira (4), durante uma reunião do Conselho de Administração.
Foram desligados: a diretora de Governança e Estratégia, Juliana Agatte; o diretor de Gestão de pessoas, Getúlio Ferreira; e o diretor de Operações, Sérgio Freitas. Os nomes dos ex-gestores já foram retirados do site dos Correios.
Sucessão
Com quatro vagas abertas, a reportagem do Times Brasil afirmou que já há favoritos para os cargos, são eles:
- Luiz Cláudio Ligabue: aposentado do Banco do Brasil, para a diretoria de Governança e Estratégia
- Natália Teles da Mota: diretora executiva da Enap (Escola Nacional de Administração Pública), para a diretoria de Gestão de Pessoas;
- e José Marcos Gomes: ex-superintendente dos Correios em São Paulo no governo Jair Bolsonaro, para a diretoria de Operações;
Atualmente, os Correios enfrentam uma crise para tentar reverter um rombo de cerca de R$ 4,3.
Emmanuel Rondon, foi nomeado em setembro pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT-SP) com a missão de sanear as contas. Além de revisar despesas, a empresa fará um empréstimo de R$ 20 bilhões com garantias da União.
Relembre: Correios devem anunciar plano de reestruturação após prejuízo bilionário
O novo presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, apresentará nesta quarta-feira (15), às 12h, em Brasília, a primeira fase do plano de reestruturação da estatal. A coletiva de imprensa também trará um pacote de medidas voltadas ao reequilíbrio financeiro da empresa, que acumula prejuízos bilionários nos últimos trimestres.
A reestruturação é uma resposta à pior crise financeira recente da estatal. Apenas no segundo trimestre deste ano, os Correios registraram um prejuízo líquido de R$ 2,64 bilhões. No primeiro trimestre, o rombo foi de R$ 1,72 bilhão. Em 2024, a empresa já havia encerrado o ano com perdas de R$ 2,6 bilhões.
Diante do cenário, o governo federal optou por mudanças no comando da companhia. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva substituiu Fabiano Silva dos Santos por Rondon, que assumiu com a missão de reorganizar as finanças da estatal e propor uma nova estratégia para garantir sua sustentabilidade.