
O lucro líquido da Dexco (DXCO3), fabricante de materiais de construção e celulose, recuou 84,7% no terceiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, para R$ 14,2 milhões. O balanço trimestral foi divulgado na noite de quarta-feira (5).
A companhia sofreu com o menor nível de atividade em suas principais linhas de negócios, o que resultou em queda de receita e menor diluição de custos. Além disso, a Dexco segue pressionada pelo aumento das despesas financeiras, decorrentes do maior endividamento e do ambiente de juros elevados.
No critério recorrente, o resultado líquido foi negativo. A companhia registrou prejuízo de R$ 42,7 milhões — revertendo o lucro recorrente de R$ 183,5 milhões de um ano antes.
Nesse critério, segundo dados do Investidor, são excluídos ganhos não recorrentes relevantes, como a venda de um imóvel na Colômbia. O movimento gerou R$ 51,5 milhões, e o chamado gross up do ICMS na base do PIS/Cofins.
Dexco (DXCO3) tem recomendação cortada por Goldman
O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para ações da Dexco (DXCO3), ex-Duratex, de compra para neutro e reduziu o preço-alvo de R$7,90 para R$6,00. O movimento implica um potencial de alta de apenas 5% em relação aos níveis atuais. Desde que entrou na Americas Buy List, em setembro de 2021, as ações da Dexco caíram 56%, enquanto o Ibovespa subiu 20% no mesmo intervalo.
De acordo com a instituição, embora a ação tenha desempenho positivo diante da queda dos juros de longo prazo no Brasil, o papel não acompanhou a recente queda de 100 pontos-base na curva de 10 anos. Isso refletiu os desafios específicos da companhia que devem continuar limitando sua valorização.
Assim, o Goldman Sachs estima que as despesas financeiras líquidas da Dexco devem permanecer entre R$ 820 milhões e R$ 850 milhões em 2025 e 2026,o equivalente a 50% a 60% do Ebitda.