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Porto de Santos (Foto: Divulgação)

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,964 bilhões no mês de outubro, alta de 70,2% em comparação com o registrado no mesmo mês em 2024. Dados foram divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércios e Serviços) nesta quinta-feira (6). Informações da Reuters, via Infomoney.

O resultado veio acima das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que esperavam superávit de US$ 6,2 bilhões para o décimo mês do ano.

Exportações subindo e importações descendo

As exportações em outubro somaram US$ 31,975 bilhões, alta de 9,1% na comparação ano a ano. O movimento foi explicado por um crescimento de 10,3% no volume de produtos embarcados para o exterior, apesar de uma queda de 0,9% no preço médio dos itens.

As exportações da indústria extrativa avançaram 22%, puxadas pelo petróleo e pelo minério de ferro. Também se destacou a agropecuária, com alta de 21% impactada por soja e café, seguida da indústria de transformação, com elevação de 0,7%.

Ao contrário das exportações, as importações caíram 0,8%, totalizando R$ 25,011 bilhões. Nesse caso, houve o recuo de 2% no volume importado, enquanto o preço médio cresceu 0,8%.

No acumulado de janeiro até outubro de 2025, o saldo comercial foi de US$ 52,394 bilhões, queda de 16,6% comparado ao mesmo período de 2024. No período, as exportações somaram US$ 289,731 bilhões (+1,9%), e as importações, US$ 237,336 bilhões (+7,1%).

Governo precisa de superávit primário de R$ 27,1 bi para cumprir meta fiscal

O governo brasileiro precisa obter superávit primário de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2025 se quiser cumprir o piso da meta fiscal, diz a estimativa do RAF (Relatório de Acompanhamento Fiscal), publicado pela IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado) nesta quinta-feira (23). Informações via CNN.

Os analistas do IFI alertam que, após a derrubada da MP (Medida Provisória) alternativa ao IOF (Imposto Sobre Operação Financeira), a obtenção desse superávit se tornou mais difícil. O governo tinha a expectativa de arrecadar R$ 10,6 bilhões com o texto ainda este ano, e contabilizou os recursos nas suas estimativas fiscais.

“Com o fim dos efeitos da MP nº 1.303, o Executivo pode ter que recorrer a um contingenciamento no próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, a ser divulgado no fim de novembro, caso não ocorram compensações para essa perda de receitas”, escreveram o diretor da IFI, Alexandre Andrade, e o analista Pedro Souza.