
A Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) deve se reunir com o vice-presidente e ministro do Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), nesta sexta-feira (7) em Brasília (DF), para avançar tratativas de acordo sobre as tarifas impostas pelo governo norte-americano. Informações são do Globo Rural, jornal agro do Grupo Globo.
Segundo o diretor-geral da entidade, Marcos Matos, há duas estratégias em pauta. A primeira consiste em uma trégua temporária do tarifaço imposto por Trump pelo tempo de 90 dias, até que as duas nações resolvam suas negociações e fechem um acordo comercial em definitivo.
A segunda consiste em ampliar as isenções tarifárias e setoriais promovida pelos EUA, buscando incluir o café na proposta.
“O que estamos falando para as nossas autoridades é apostar nos produtos mais fáceis de serem isentados pelos EUA, para que sejam isentos imediatamente. No caso do café, há um interesse mútuo na isenção. Em um segundo momento a gente ajudaria a isentar os outros produtos”, disse Matos.
O representante da entidade ainda demonstrou que o café foi um dos itens que mais subiram de preço em 12 meses até setembro, baseado na divulgação recente dos dados inflacionários dos EUA. O preço do café instantâneo cresceu 21,7% no país nos últimos 12 meses e o café torrado e moído apresentou uma alta de 18,9% no período.
Segundo a Cecafé, as exportações para os EUA despencaram 46% em agosto e 52,8% em setembro, e o país acabou se tornando o terceiro destino do café brasileiro, o que antes ocupava o primeiro lugar.