BrasilAgro
Foto: BrasilAgro / Divulgação

A BrasilAgro (AGRO3) iniciou a safra 2025/26 com resultados mais fracos. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 64,28 milhões no primeiro trimestre fiscal, encerrado em setembro. Os dados foram divulgados na noite de quinta-feira (6).

A reversão do resultado foi influenciada principalmente pela ausência de ganhos com venda de fazendas — que haviam impulsionado o desempenho do mesmo período do ano anterior — além de uma performance mais fraca de algumas culturas, especialmente a de cana-de-açúcar. Um ano antes, a companhia havia reportado lucro líquido de R$ 97,46 milhões.

A receita líquida da BrasilAgro recuou 33% no período, para R$ 302 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 64,35 milhões, queda de 62% na comparação anual.

Segundo a companhia, o trimestre é tradicionalmente mais fraco em termos de geração de receita, pois é marcado por menor comercialização de produtos agrícolas — o que também pesou no resultado este ano.

Além disso, a ausência de venda de fazendas impactou significativamente a comparação, uma vez que a companhia costuma ter resultados relevantes provenientes dessa linha em períodos anteriores.

Declarações do CEO André Guillaumon

“Além dos efeitos sazonais, o resultado foi impactado pelo menor volume de vendas de cana-de-açúcar e pelo resultado financeiro negativo, decorrente do aumento do custo da dívida e do ajuste de valor justo nos recebíveis por venda de fazendas, influenciado pela valorização do real e pela queda nos preços da soja. Vale lembrar que esses efeitos são pontuais e de natureza não caixa”, afirmou o CEO André Guillaumon, em comunicado, segundo o MoneyTimes.

Relembre: BrasilAgro divulga estimativas iniciais para safra 25/26

A BrasilAgro (AGRO3) apresentou nesta quarta-feira (3) suas estimativas iniciais para a safra 2025/2026, projetando crescimento na produção de grãos e algodão em relação ao ciclo anterior.

A companhia prevê produção total de 443 mil toneladas, o que representa alta de 21% frente às 366 mil toneladas registradas na safra 2024/2025.

“Para a safra 25/26, projetamos um cenário favorável, com clima mais estável e ganhos de produtividade… Esperamos colher resultados superiores, impulsionados por boas condições climáticas, maior disciplina operacional e investimentos consistentes em tecnologia”, afirmou a empresa em comunicado.

Em relação à área plantada, a projeção é de 172,6 mil hectares, praticamente estável em comparação com os 173,1 mil hectares do ciclo anterior.