
O Fleury (FLRY3) registrou lucro líquido de R$ 185 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 3% na comparação anual. A redução foi influenciada pelo aumento da taxa de juros e pela depreciação de ativos, conforme relatório trimestral divulgado na noite de quinta-feira (6).
Vale lembrar que o Fleury anunciou, nesta semana, a compra do laboratório Femme, antes controlado pela gestora L Catterton.
Apesar do recuo no lucro, o resultado veio acima das projeções. O BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, estimava uma queda de 5% na última linha do balanço.
No lado operacional, o grupo apresentou crescimento. A receita líquida totalizou R$ 2,2 bilhões entre julho e setembro, alta de 11,6%.
Fleury firmou negócio de atendimento ao cliente final
Jeane Tsutsui, presidente do Fleury, afirmou que o negócio de atendimento ao cliente final (B2C) cresceu 16% no trimestre, sendo 12,9% de forma orgânica — ou seja, desconsiderando as aquisições de Confiance (SP) e Hemolab (MG).
“O crescimento vem da ampliação da oferta de agenda médica, com mais exames, relacionamento com as fontes pagadoras [operadoras], canais digitais e proximidade com os médicos”, disse a executiva, segundo o Valor.
Todas as bandeiras do grupo apresentaram expansão. A marca Fleury — consolidada no mercado premium, segmento de menor ritmo de crescimento — avançou 12,2%. Já as bandeiras intermediárias em São Paulo cresceram 27,1%, área onde o Femme também atua com 12 unidades. Segundo Tsutsui, não há sobreposição entre as operações.
No Rio de Janeiro, onde o setor de saúde enfrenta instabilidade devido à crise da Unimed Ferj, a receita avançou 10,4%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 599 milhões, crescimento de 11,5% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda permaneceu estável em 27,4%.
A alavancagem financeira encerrou o trimestre em 1,1 vez o Ebitda, e o fluxo de caixa operacional atingiu R$ 718,5 milhões no período.