
As ações da Oi (OIBR3) desabaram na manhã desta segunda-feira (10), após a companhia alertar o mercado sobre a possibilidade de entrar em estado de insolvência. No fim da manhã, os papéis ordinários recuavam 14,2%, cotados a R$ 0,24, enquanto as preferenciais (OIBR4) caíam 10,3%, a R$ 4,18, entre as maiores baixas da B3.
A empresa e o gestor judicial Bruno Rezende informaram à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que a Oi pode estar incapacitada de arcar com o pagamento de passivos extraconcursais, isto é, dívidas contraídas fora do plano de recuperação judicial em vigor.
Segundo o documento, a situação operacional atual pode levar a companhia a descumprir o plano de recuperação ou a adotar medidas emergenciais para preservar caixa.
Rezende também solicitou à Justiça autorização para que a operadora mantenha suas atividades temporariamente, caso seja decretada a liquidação judicial, garantindo a continuidade dos serviços até a transição final.
O quadro negativo foi agravado pela notícia de que a Pimco (Pacific Investment Management Company), uma das principais credoras da tele, reduziu sua participação na Oi para 34,6%, o equivalente a 113,7 milhões de ações ordinárias.
A operadora, que passou por um dos maiores processos de recuperação judicial da história do país, segue enfrentando dificuldades para equilibrar fluxo de caixa e reestruturar suas dívidas bilionárias.