
O Brasil habilitou os primeiros cinco estabelecimentos para a exportação de DDGs (grãos secos de destilaria) e de dez unidades para exportar sorgo para a China, disse o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) nesta segunda-feira (10).
A medida é resultado da assinatura do Protocolo Fitossanitário do sorgo (novembro de 2024) e do Protocolo de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho (maio de 2025), além da conclusão dos modelos de certificado fitossanitário acordados entre as autoridades dos países.
No caso do sorgo, foram habilitadas quatro unidades no Mato Grosso, quatro em Minas Gerais, uma em Rondônia e uma na Bahia. Quanto ao DDG, coproduto de processamento de milho para etanol, a nova autorização contempla quatro unidades no Mato Grosso e uma no Mato Grosso do Sul.
Com as habilitações, o Brasil passa a contar com um canal regular de embarques para o maior importador global de grãos e insumos para ração animal. ampliando a previsibilidade dos contratos e criando espaço para o aumento do volume exportado nas próximas safras.
Informações sobre os grãos
A região Centro-Oeste responde por mais de 60% da produção nacional de sorgo. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil produziu mais de 4 milhões de toneladas, das quais 178,4 mil toneladas (4%) foram exportadas. A China é responsável por mais de 80% das importações globais de sorgo, que somaram mais de US$ 2,6 bilhões no último ano.
No que tange o DDG, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo e exportou cerca de 791 mil toneladas do insumo em 2024. No mesmo período, a China importou mais de US$ 66 milhões desse produto.
A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras: em 2024, o país importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional.