Foto: Reprodução Porto
Foto: Reprodução Porto

O Grupo Porto (PSSA3) registrou lucro líquido de R$ 832 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa alta de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita total da companhia somou R$ 10,5 bilhões, avanço de 11% na base anual, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (11).

O resultado financeiro do trimestre foi de R$ 383 milhões, alta expressiva de 53% frente ao 3T24, impulsionado pelo bom desempenho da carteira de investimentos da tesouraria, que somou R$ 451 milhões, o equivalente a 77% do CDI, com destaque para as alocações em títulos indexados à inflação.

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) ficou em 23%, levemente acima do registrado um ano antes, e manteve-se acima do patamar de 20% pelo quinto trimestre consecutivo. A operação de seguros continua sendo o carro-chefe, com rentabilidade de 32%, enquanto as demais verticais, Saúde, Banco e Serviços, ampliaram sua participação para 44% do lucro total, refletindo a estratégia de diversificação do grupo.

No segmento de seguros, a receita atingiu R$ 5,7 bilhões, crescimento de 3%. O destaque foi o ramo de Vida, com avanço de 13%, seguido pelo Patrimonial, com alta de 11%, e o Auto, que subiu 1%, mas teve expansão de 4% na frota segurada, com acréscimo de 255 mil veículos. O índice combinado ficou praticamente estável, em 85,3%.

Já a Porto Saúde teve aumento expressivo no número de beneficiários, com 22% de alta no seguro saúde (784 mil vidas) e 20% no Odonto (1,1 milhão). A vertical alcançou R$ 2,2 bilhões em receita e lucro de R$ 126 milhões, com melhora de 2 p.p. no índice combinado, que caiu para 92%.

A Porto Bank também apresentou forte crescimento: a receita avançou 29%, chegando a R$ 1,9 bilhão, impulsionada por Capitalização (+45%), Consórcio (+30%), Cartões e Financiamentos (+25%) e Riscos Financeiros (+12%).

Por outro lado, a Porto Serviços teve leve retração de 2% na receita, para R$ 606 milhões, devido à menor demanda por assistências embutidas em apólices, reflexo da queda da sinistralidade. Ainda assim, o segmento de produtos digitais manteve forte expansão, com alta de 60% no trimestre e 95% no acumulado do ano.

Segundo o grupo, o índice de eficiência operacional ficou em 10,7%, reforçando o controle de custos e a solidez do modelo de negócios.