Foto: Divulgação
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O Mêntore Bank contratou o UBS BB para estruturar seu plano de expansão e preparar uma abertura de capital estimada em US$ 2 bilhões na Nasdaq até o fim de 2028. O mandato, de acordo com o fundador e CEO do banco, Vanderson Aquino, inclui o desenho estratégico do banco para os próximos três anos.

“O UBS BB tem uma plataforma mundial que fecha com empresas brasileiras. Eles vão cuidar do nosso planejamento estratégico, avaliando mercados de atuação, o fortalecimento no Brasil e a eventual expansão internacional”, disse Aquino ao Pipeline.

Segundo o executivo, a aproximação partiu do próprio banco suíço-brasileiro, interessado em replicar no Mêntore trajetórias de bancos digitais que já assessorou — como o Nubank, na abertura de capital na NYSE em 2021, e o C6 Bank, que recebeu investimento do JP Morgan e teve sua participação ampliada para 46% em 2023.

“Acredito que a tendência maior seja abrir capital na Nasdaq, com forte apetite do mercado americano por fintechs, vendo o Brasil como um país ainda muito concentrado em grandes bancos”, afirmou.

Atualmente, 82% do Mêntore pertence a Aquino e os 18% restantes, a Omar Macêdo, da família controladora da indústria de alimentos J. Macêdo.

Pacing regulatório: o tempo do Banco Central

Os anúncios do Banco Central na semana passada causaram uma reação imediata e dividida no mercado. A revisão das exigências de capital mínimo e patrimônio de referência divulgada em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN) foi a mudança mais significativa dos últimos anos e o marco de um novo ciclo para o sistema financeiro do país.

Ao elevar a régua de capital e ajustar o foco da regulação para o risco real das operações, o BC reacende um debate essencial: até onde o fortalecimento institucional pode avançar sem frear a inovação?

O movimento aponta para uma fase de consolidação e prudência, depois de um longo período de abertura, experimentação e entrada de novos players. Uma virada que promete testar os limites entre solidez e competitividade. Será o começo do fim dos “banks”?