Addis Ababa, capital da Etiópia (Foto: Yohannes Minas/Unplash)
Addis Ababa, capital da Etiópia (Foto: Yohannes Minas/Unplash)

A Etiópia afirmou nesta terça-feira (11) que será a anfitriã da COP32, cúpula climática das Nações Unidas que será realizada em 2027, afastando a proposta da Nigéria para consegui um papel influente que lhe permitirá moldar a agenda e os resultados do evento, disse a Reuters, via Money Times.

A “pedra no sapato”, no entanto, é a escolha de sede para a COP31, que será realizada no próximo ano, em 2026, e que tem como competidoras Austrália e Turquia.

Os países da COP têm a função de presidência que permite definir as metas para a cúpula e apresentar suas próprias questões climáticas, bem como uma posição importante na resolução de conflitos que surjam durante as negociações. As cúpulas giram em torno das regiões e a decisão deve ser unânime entre todos os países da região.

Durante plenário no evento deste ano, no Brasil, a Etiópia confirmou que foi apoiada por outras nações do continente africano para realizar a conferência de 2027 em Adis-Abeba, capital do país, conforme relatado pela Reuters, na segunda-feira (10).

“Estamos profundamente gratos pela confiança depositada no povo e governo etíopes”, disse o embaixador da Etiópia no Brasil, Leulseged Tadese Abebe, em uma sessão plenária da cúpula da COP30.

“A COP32 desempenhará um papel importante na orientação da ação climática nesta década crítica.”

A escolha ainda precisa ser aprovada oficialmente, mas, no momento, isso é considerado mera formalidade.

Imbróglio da COP31

A cúpula de 2026 deve ser realizada em um dos países do grupo “Europa Ocidental e Outro”, mas o processo de escolha está suspenso há meses, sem que Turquia e Austrália tenham desistido.

A Austrália fez a proposta para a COP31 em parceria com as Ilhas do Pacífico, que estão entre os lugares mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas.

Corrêa do Lago, presidente da COP30, pediu aos países do grupo da Europa Ocidental que resolvessem o impasse o mais rápido possível. Se não for possível resolver o imbróglio, a conferência será realizada em Bonn, na Alemanha, sede da agência climática da ONU.

“Teríamos que fazer isso, mas não queremos”, disse o secretário de Estado alemão do Ministério do Meio Ambiente, Jochen Flasbarth, aos repórteres.