
A B3 (B3SA3), operadora da bolsa de valores brasileira, divulgou nesta terça-feira (11) lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2025.
Às 11h35, as ações avançavam 3,55%, a R$ 14,01, após o mercado reagir positivamente ao resultado.
A receita total somou R$ 2,8 bilhões, em linha com as expectativas da XP Investimentos. A comparação com o trimestre anterior foi prejudicada por efeitos não recorrentes ligados ao reconhecimento de créditos tributários de PIS/Cofins no 2T25.
Segundo a XP, o desempenho foi misto: volumes de ações e derivativos caíram, mas a renda fixa e os serviços de tecnologia e dados mantiveram crescimento consistente.
O destaque positivo ficou com as despesas operacionais, que cresceram abaixo da inflação, ajudando o EBITDA ajustado a atingir R$ 1,73 bilhão.
O Goldman Sachs avaliou que o resultado “superou amplamente as expectativas”, com receitas e custos melhores que o previsto, mesmo com leve queda na margem EBITDA para 69,5%.
Já o JPMorgan destacou que o lucro operacional superou em 5% suas estimativas, ainda que o crescimento de receita tenha sido modesto (2%).
O Bradesco BBI classificou os números como neutros, citando volumes fracos de negociação e foco da companhia no controle de custos.
Para o Morgan Stanley, os resultados foram mistos, refletindo pressão nos segmentos principais devido aos juros altos, mas também resiliência da B3 graças à diversificação de receitas, especialmente em renda fixa, empréstimo de ativos, dados e tecnologia.
Na avaliação da Genial Investimentos, a queda sequencial do lucro reflete a normalização do resultado financeiro, mas o portfólio diversificado ajudou a compensar a fraqueza nos mercados de ações e derivativos.
Recomendações
Com valuation considerado atrativo, a Genial reiterou recomendação de compra para B3, com preço-alvo de R$ 15,80 (upside de 16,8%).
O Morgan Stanley também manteve compra, com alvo de R$ 19. Já XP, Goldman Sachs e JPMorgan mantiveram recomendações neutras, com preços-alvo entre R$ 14,80 e R$ 16.