
O Bitcoin (BTC) voltou a operar sob pressão nesta quinta-feira (13), testando novamente a região dos US$ 103 mil e ameaçando o suporte psicológico dos seis dígitos.
Segundo Guilherme Prado, country manager da Bitget, o movimento reflete um mercado ainda fragilizado pela combinação de liquidez apertada e sentimento de aversão ao risco.
“A queda mostra que o corte de juros do FED não foi suficiente para reacender o apetite por risco, pelo contrário, muitos traders estão capitulando e reforçando a pressão vendedora”, afirmou Prado.
O especialista destaca que, mesmo após o alívio monetário recente, o cenário continua pressionado pela incerteza sobre o ritmo de novos cortes.
Juros nos EUA e incerteza do Federal Reserve
O Federal Reserve enfrenta uma divisão interna, o que adiciona volatilidade aos mercados. De acordo com Prado, o impasse entre o controle inflacionário e a desaceleração econômica dificulta a leitura sobre os próximos passos da autoridade monetária.
“Há uma clara divisão entre os formuladores de política monetária: parte teme a persistência inflacionária, enquanto outra já observa sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Dessa forma, a indefinição torna o caminho para um corte de juros em dezembro bem menos claro do que parecia há algumas semanas”, explicou.
A visão de Prado é que o comportamento dos grandes investidores tem sido mais defensivo do que reativo.
“A demanda institucional hoje serve para conter o pânico, não para impulsionar novas máximas. Portanto, a chance de reversão só virá se o Bitcoin conseguir defender o suporte crucial e se a confiança na política monetária norte-americana for restabelecida”, avaliou.
Níveis técnicos e projeções
O patamar dos US$ 100 mil é considerado decisivo para o curto prazo. De acordo com o executivo da Bitget, se o suporte for perdido, o movimento de correção pode se aprofundar.
“Esse nível é crucial. Caso o BTC rompa os US$ 100 mil, a correção em direção aos US$ 95 mil se torna o cenário mais provável”, completou.