Foto: Divulgação Azul Linhas Aéreas
Foto: Divulgação Azul Linhas Aéreas

A Azul (AZUL4) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,56 bilhão, salto de 1.14% em relação ao mesmo período de 2024. No resultado sem ajustes, a companhia registrou prejuízo de R$ 644,2 milhões, revertendo o lucro de R$ 389,7 milhões reportado um ano antes.

Apesar do prejuízo, o trimestre veio marcado por números operacionais fortes. O Ebitda ajustado atingiu recorde de R$ 1,99 bilhão, alta de 20,2% na comparação anual, com margem de 34,6%. O lucro operacional também chegou ao maior nível da história, somando R$ 1,27 bilhão, avanço de 23,7%.

A receita líquida totalizou R$ 5,73 bilhões, aumento de 11,8% ante o 3T24, apoiada em demanda consistente, receitas auxiliares e desempenho mais forte de unidades de negócio.

Partindo para os custos, as despesas operacionais somaram R$ 4,5 bilhões, alta de 8,9% em um ano. O CASK subiu 1,6%, para 34,85 centavos, pressionado por inflação, aumento de ações judiciais ligadas às irregularidades operacionais de 2024 e maior participação da malha internacional, segmento com tarifas mais elevadas. A pressão foi parcialmente compensada pela valorização de 1,7% do real e queda de 13,2% no combustível.

O resultado financeiro permaneceu como principal ponto negativo: a linha fechou em R$ 1,91 bilhão, salto de 200,7% na comparação anual.

A Azul terminou o trimestre com liquidez total de R$ 8,8 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões em liquidez imediata. Já a dívida líquida alcançou R$ 32,9 bilhões, avanço de 34,3% em um ano. A alavancagem subiu para 5,1 vezes o Ebitda ajustado, alta de 0,7 ponto percentual em relação ao 3T24.