
O crédito imobiliário voltou a ganhar fôlego em 2025. Em janeiro, os financiamentos com recursos da poupança movimentaram R$ 13,48 bilhões, um salto de 40,3% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
O desempenho reforça a retomada gradual do mercado habitacional após o desaquecimento do fim do ano passado e reflete o avanço de consumidores a procura de financiamentos mais ágeis e acessíveis. A recuperação de contratos interrompidos e o aquecimento do setor da construção civil estão entre os fatores que explicam a alta.
O movimento também evidencia a importância do crédito imobiliário como um dos principais motores da economia e indica mudança no perfil do consumidor, que busca soluções rápidas, seguras e menos burocráticas para financiar imóveis e obras.
Mesmo com o avanço expressivo, o volume ainda é 23,5% inferior ao de dezembro de 2024, o que mostra que o setor segue em fase de ajuste. Ainda assim, a expectativa é de crescimento sustentado ao longo do primeiro semestre, impulsionado por novos lançamentos e políticas de incentivo ao financiamento habitacional.
De acordo com Andrew Oliveira, especialista em crédito imobiliário da Friggi&Secco, primeira corretora de crédito do país com contrato CRECI, há uma tendência clara de reativação da demanda reprimida no segundo semestre de 2024, agora refletida nos números de 2025.
“Com o retorno da confiança e condições de crédito mais competitivas, o mercado deve seguir aquecido, especialmente em regiões com forte expansão imobiliária e novas oportunidades de investimento”, disse analista em relatório.
Financiamentos imobiliários: crédito mais digital e menos “bancocêntrico”
Com esse novo cenário de crescimento, o setor também vive uma transformação estrutural: fintechs e empresas especializadas têm conquistado espaço antes dominado pelos grandes bancos.
A alteração reflete o perfil de um consumidor que valoriza agilidade, personalização e segurança jurídica na hora de financiar imóveis ou obras.
“Os bancos exigem relacionamento prévio e têm uma burocracia que torna as análises demoradas e pouco adaptadas à realidade de cada cliente. Já as empresas especializadas atuam com processos desburocratizados, análises personalizadas e taxas competitivas, entregando respostas rápidas e operações estruturadas conforme a real necessidade do comprador”, explica Oliveira.
Entre os formatos inovadores disponíveis no mercado está o financiamento de obra por etapas com 100% de antecipação dos recursos, modelo que garante fluxo de caixa previsível e reduz interrupções financeiras durante o projeto.
Além disso, a atuação com registro CRECI também diferencia a Friggi&Secco no mercado, assegurando conformidade legal e fortalecendo parcerias diretas com imobiliárias e corretores em todo o estado de São Paulo.
“Antes de contratar um financiamento, o ideal é verificar o histórico da instituição, as condições de carência, possibilidades de antecipação e a segurança jurídica da operação”, orienta. “Estamos vivendo uma nova fase do mercado imobiliário brasileiro. O crédito está mais digital, rápido e acessível, e isso representa um passo importante para democratizar o acesso à moradia e impulsionar o desenvolvimento do setor”, conclui o especialista.