Foto: Pixabay
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A agenda da semana 17 a 21 de novembro começa marcada por expectativa elevada no mercado global. Investidores se preparam para uma sequência de indicadores relevantes nos EUA, em um momento em que a política monetária segue gerando incertezas. O destaque fica para a divulgação do payroll de setembro, prevista para quinta-feira (20). O relatório deve ajudar a calibrar as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve: números mais fracos tendem a reforçar a tese de desaceleração econômica, enquanto um mercado de trabalho ainda resiliente pode adiar expectativas de cortes de juros.

Além dos dados, o mercado permanece sensível ao tom dos discursos de dirigentes do Fed. Na semana passada, as falas mais cautelosas de membros do banco central reforçaram a percepção de que a autoridade monetária ainda não vê espaço claro para flexibilizar a política. Nos próximos dias, ganham atenção as declarações de John Williams (Fed de Nova York) e Christopher Waller, além da divulgação da ata da reunião de outubro, que pode revelar nuances sobre o debate interno a respeito da trajetória dos juros.

No Brasil, a agenda da semana é mais leve, mas ainda oferece pontos importantes para o mercado. O IBC-Br de setembro deve indicar o ritmo da atividade econômica no fim do terceiro trimestre, enquanto o relatório bimestral de receitas e despesas pode atualizar a leitura sobre o cenário fiscal em meio às discussões da nova meta do governo. Também entra no radar o Boletim Focus, que pode trazer novas revisões baixistas para a inflação após o IPCA de outubro mostrar perda de fôlego, movimento que pode influenciar as projeções para a Selic e a dinâmica da curva de juros.