Prêmio ABAI 2025: Anderson Moreira é finalista a Melhor Assessor em BDRs e ETFs

Anderson Moreira, do escritório Invés, é finalista do Prêmio ABAI 2025 na categoria de Melhor Assessor em BDRs e ETFs, integrando o grupo de profissionais que se destacaram pela contribuição ao mercado.

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Confira a entrevista na integra:

⁠O que tem impulsionado o interesse dos investidores brasileiros por ativos globais?

Vejo que se trata de uma combinação de fatores. Sabemos de todas as instabilidades que o nosso país enfrenta, e isso gera certa preocupação por parte dos investidores em manter todo o patrimônio alocado em ativos brasileiros, estimulando o interesse pela alocação global. Ao mesmo tempo, observamos um mercado com uma barreira de entrada cada vez mais baixa: ETFs globais com a possibilidade de contar com formadores de mercado. Além disso, esses ETFs podem ser acessados pelo investidor de varejo, algo que, até alguns anos atrás, era restrito ao investidor qualificado.

Assim, essa combinação de preocupação do investidor, facilidade operacional e maior disponibilidade de conteúdo sobre o tema acaba impulsionando essa adoção.

Quais são os principais equívocos que ainda existem sobre investir fora do Brasil?

O principal equívoco é achar que se trata de um processo caro ou que exige muito dinheiro. Cada vez mais temos visto possibilidades para todos os bolsos, atendendo às mais variadas necessidades dos investidores. Outro equívoco é acreditar que só é possível acessar negócios dos Estados Unidos. É evidente que os EUA são a maior economia do mundo, mas hoje já é possível encontrar ETFs locais e globais que permitem uma exposição geograficamente bem diversificada, tornando, de fato, a alocação internacional mais completa.

Como você equilibra a diversificação internacional com o perfil de risco dos clientes?

Nas alocações de longo prazo, sempre converso com os meus clientes para construirmos, pelo menos, 10% da carteira em exposição internacional, buscando uma alocação global (EUA e outras geografias). Eventualmente, alguns clientes estudam e se interessam por algum tema específico e, daí, pontualmente fazemos alocações satélites em ETFs relacionados a esse tema, sempre mantendo uma exposição bem controlada para evitar o famoso risco da ruína na carteira.

Prefiro que o meu cliente me ligue para dizer que ganhou menos dinheiro em uma alocação que deu muito certo do que me ligue para dizer que perdeu muito em algo que deu errado.

⁠Que tendências globais devem ganhar força nos próximos anos?

Eu não diria nem que esses setores vão ganhar força, eles já estão pujantes no mercado. IA, robótica e o setor de data centers são exemplos claros disso. Um setor que acredito que possa ganhar ainda mais tração (colocando um pouco da minha formação como químico na resposta) é o de energias renováveis. Não é uma agenda com a mesma pujança das três citadas anteriormente, mas tem atraído atenção global pela sua relevância.