
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, publicou em sua conta do X (ex-Twitter) nesta terça-feira (18) que o país adquiriu o equivalente a US$ 100 milhões em Bitcoin (BTC), aproveitando a queda dos preços dos últimos dias. Informações via Money Times.
O país da América Central é o primeiro a adotar o criptoativo como uma das suas moedas oficiais, ao lado do dólar norte-americano.
Segundo o Escritório de Bitcoin de El Salvador, a aquisição eleva as reservas do país para 7.474 unidades de BTC.
Mas, apesar da informação governamental, não está claro se o país realmente comprou 1.090 BTC no mercado, já que o seu acordo de empréstimo de US$ 1,4 bilhão com o FMI (Fundo Monetário Internacional) exige explicitamente que o setor público não compre bitcoins.
Relembre o acordo
No fim do ano passado, em dezembro, El Salvador e o FMI chegaram a um acordo preliminar para um programa de empréstimos de US$ 1,4 bilhão com duração de 40 meses.
O acordo que levou quatro anos para ser fechado é condicionado à implementação de ajustes fiscais por parte do governo de El Salvador, com o objetivo de fortalecer a estabilidade fiscal salvadorenha.
O fundo também exigiu que o país limitasse as práticas associadas ao BTC, como a aceitação voluntária da criptomoeda no setor privado. A tensão gerada pelo uso do criptoativo foi um dos pontos centrais que dificultaram as negociações, já que o FMI via vários riscos significativos nesta política.
Bitcoin perde US$ 100 mil e testa US$ 93,5 mil
O mercado cripto atravessa mais uma sessão de pressão, com o Bitcoin negociado em torno de US$ 93.500 após romper o suporte dos US$ 100 mil. De acordo com Guilherme Prado, country manager da Bitget, o movimento está ligado a um ambiente global ainda sensível a risco.
“O investidor reduz exposição a ativos voláteis, e o preço do Bitcoin sente esse ajuste de apetite por risco”, afirmou Prado.
Além disso, ele lembra que o recuo ocorre depois de um período marcado por incertezas em relação à política monetária nos EUA, dúvidas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) e dados econômicos sem direção clara.