Os finalistas da categoria Melhor Assessora do Ano do Prêmio ABAI 2025 compartilham histórias que refletem dedicação, trajetória sólida e impacto no mercado. A seguir, conheça um pouco mais sobre Débora Maciel Manfrini, mulher, portadora de deficiência e planejadora financeira.
Com 20 anos de experiência no mercado financeiro, sua trajetória começou no Itaú Personnalité, onde aprendeu sobre o setor e conquistou a confiança dos clientes — passo que a possibilitou fundar seu próprio escritório de Assessoria de Investimentos junto à Guide e, posteriormente, chegar à Kat Invest — Safra Invest, para seguir cumprindo sua missão de cuidar bem dos clientes.
Confira a entrevista na íntegra:
O que significa, para você, representar e inspirar mais mulheres nesse mercado?
Inspirar outras mulheres é uma das coisas que mais me deixa feliz no meu dia a dia, mostrar a elas que conhecimento é liberdade e que planejamento é realização. Ter autonomia financeira nos permite ser donas de nossas escolhas e senhoras de nossos próprios destinos. Quando minha trajetória começou, éramos poucas mulheres atuando no mercado financeiro. Hoje em dia, em muitos lugares, somos maioria. Acredito muito que isso se deve ao nosso poder de colocar a sensibilidade a favor de nossos clientes e a nossa boa escuta em cada uma das reuniões.
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Quais barreiras você precisou quebrar ao longo da sua trajetória?
Eu precisei quebrar primeiramente a barreira de ser pessoa com deficiência e, mesmo sem ter nenhuma referência de outras pessoas com deficiência ao meu lado, acreditar que isso não seria um impedimento na minha vida profissional, assim como nunca deixei ser em minha vida pessoal. Depois quebrar a barreira de ser mulher no mercado financeiro. Acredito que o que me deu confiança foi buscar muito estudo, muito conhecimento, muitas certificações, MBA, Pós graduação, estudos diários, de modo que me sentisse sempre muito confiante para fazer qualquer reunião, mesmo com tantas interseccionalidades.
Como você integra performance, protagonismo e educação financeira no seu trabalho?
A educação financeira é o começo de tudo, é a ferramenta para qualquer pessoa que queira se desenvolver financeiramente, pois cria a confiança necessária para que sejamos protagonistas das nossas decisões e escolhas, sem depender de aprovações de terceiros, é o conhecimento que abre todos os caminhos para decisões saudáveis e construtivas. E como assessora de investimentos, educação financeira contínua é o que me permite ser protagonista do meu negócio, me permitindo tomar boas decisões junto aos meus clientes e encontrar a performance como consequência no final da trajetória.
Que mudanças você gostaria de ver no setor para ampliar a presença feminina na assessoria?
A igualdade de gênero, assim como a igualdade racial, a acessibilidade às pessoas com deficiência e tantas outras questões sociais precisa acontecer primeiramente no desenvolvimento de consciência de cada um e da humanidade por consequência. Como o psicólogo Maslow e o consultor Richard Barret desenvolveram em seus trabalhos, para que as mudanças ocorram nos ambientes em que estamos, antes precisa haver o desenvolvimento de estágios de consciência de cada uma das pessoas que compõem esses ambientes. Eu acredito que a mudança de cada um, estimulada por lideranças, vai gerando aos poucos as mudanças nos grupos e na sociedade como um todo. Por isso, a primeira mudança que eu gostaria de ver no setor para ampliar a presença feminina é o reconhecimento de que a diferença de fato existe e a inclusão de discussões sobre as diversas desigualdades e melhorias sociais que precisamos buscar como grupo profissional e como sociedade.
