Setor têxtil vê espaço para que fim do tarifaço dos EUA avance e alcance a indústria

A indústria têxtil brasileira manifestou com otimismo após a decisão dos EUA de suspender a sobretaxa de 40% sobre alguns produtos agrícolas, enxergando uma oportunidade para ampliar o alívio tarifário para bens industriais.

Segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), a medida de Donald Trump pode abrir caminho para negociações que incluam itens industriais na próxima revisão das tarifas.

Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, afirmou que a retirada dessas taxas agrícolas é bem-vinda e representa uma chance de elevar o diálogo econômico entre Brasil e EUA. Ele avalia que a decisão do presidente americano Donald Trump representa um sinal positivo para as tratativas comerciais entre os dois países.

Retirada parcial das tarifas abre espaço para novos acordos

A ordem executiva assinada por Trump na quinta-feira (20) eliminou a tarifa adicional de 40% sobre uma seleção de produtos agrícolas brasileiros. Entre os itens beneficiados estão café, carne bovina, frutas e petróleo, alguns dos principais produtos de exportação do Brasil para os americanos.

Contudo, diversos segmentos industriais permanecem fora do escopo da medida, incluindo móveis, madeira processada, calçados, alumínio e outros insumos do setor manufatureiro, além do próprio segmento têxtil.

Em comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira (21), a Abit reforçou a expectativa de que os produtos industriais brasileiros sejam incluídos em futuras revisões da política tarifária americana. 

Ponderando que a equiparação de condições competitivas é fundamental para a manutenção de empregos, atração de investimentos e fortalecimento das trocas comerciais entre os dois países, embora não haja previsão de quando a medida será estendida ao setor industrial.