
Fundos de hedge compraram ações norte-americanas pela terceira semana consecutiva, com compras long superando vendas a descoberto na proporção de 1,5 para 1. As informações são do Prime Desk do Goldman Sachs.
A mesa de negociação do banco relatou que a atividade bruta continua crescendo em ritmo elevado. Os fluxos de ações individuais apontam para uma maior rotação setorial, com fundos de hedge movendo-se notavelmente para os setores de saúde, materiais e consumo discricionário.
“Em contraste, o setor de Tecnologia da Informação foi o mais vendido em termos líquidos na quinta-feira, na semana e no acumulado de novembro, já que os fundos de hedge venderam o setor em 5 das últimas 6 semanas”, observaram os traders do Goldman Sachs, de acordo com o Investing.
Apesar da venda geral em tecnologia, o grupo das 7 Magníficas foi coletivamente comprado na semana passada, impulsionado principalmente por compras de posições long.
Liquidação do Master expõe investimentos de fundos públicos
A liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada nesta terça-feira (18) pelo Banco Central, gerou preocupação imediata entre fundos de previdência municipais que possuem aplicações significativas em títulos da instituição.
A decisão, assinada por Gabriel Galípolo, também determinou a liquidação judicial da Master S.A. Corretora de Câmbio e nomeou a EFB Regimes Especiais de Empresas como responsável pela administração do processo.
A intervenção ganhou ainda mais peso após a prisão do proprietário do Master, Daniel Vorcaro, realizada pela Polícia Federal em São Paulo na manhã de hoje.
Com o anúncio da liquidação, veio à tona a dimensão da exposição de fundos públicos aos títulos do Master — um fator que amplia a pressão por respostas rápidas sobre o futuro desses recursos. Documentos oficiais mostram que mais de R$ 1,8 bilhão está aplicado por institutos de previdência municipais em papéis da instituição.
O maior risco recai sobre o Rioprevidência, que concentra R$ 970 milhões. Também estão fortemente expostos a Amaprev (R$ 400 milhões), o município de Maceió (R$ 97 milhões), além dos fundos de São Roque (R$ 93 milhões) e Cajamar (R$ 87 milhões).