STF x Bolsonaro: confira detalhes do julgamento do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram, na manhã desta segunda-feira (24), para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão preventiva.

Bolsonaro está detido em uma sala da Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, desde sábado (22).

O julgamento começou às 8h desta segunda-feira, em sessão virtual da Primeira Turma. Além dos ministros que já votaram, os demais integrantes — Cármen Lúcia e Luiz Fux — têm até às 20h (horário de Brasília) para decidir se referendam a medida cautelar determinada por Moraes.

Na decisão que autorizou a prisão preventiva, Moraes citou uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, a ser realizada no condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar.

“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu Moraes, segundo a Agência Brasil. O ministro afirmou ter decretado a prisão preventiva para “garantir a aplicação da lei penal”.

Relembre: STF avalia que Bolsonaro deve ser preso até o fim do ano

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam, de forma reservada, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser levado ao regime fechado até o fim de 2025. A expectativa é de que o processo avance rapidamente e seja concluído antes do início do calendário eleitoral de 2026.

Condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, Bolsonaro cumpre atualmente prisão domiciliar em decorrência de outra investigação, o descumprimento de medidas cautelares em um inquérito sobre tentativa de coação do STF, supostamente articulada a partir dos EUA.

A publicação do acórdão da sentença, na última semana, deu início aos prazos para recursos. A defesa apresentou os embargos nesta segunda-feira, mas ministros avaliam que eles não devem alterar o resultado do julgamento.