A arrecadação do governo federal registrou alta real de 0,92% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, alcançando R$ 261,9 bilhões. O resultado, divulgado pela Receita Federal nesta segunda-feira, representa o maior volume já arrecadado para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 1995.
O desempenho foi impulsionado principalmente pela melhora na arrecadação de tributos ligados ao mercado de trabalho, como IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), além do avanço de receitas provenientes da tributação sobre empresas e do aumento da arrecadação previdenciária, reflexo do mercado de trabalho ainda aquecido.
No acumulado de janeiro a outubro, a receita total somou R$ 2,367 trilhões, o que representa um crescimento real de 3,20% frente ao mesmo período de 2024. Também neste recorte, o montante é o maior já registrado para os dez primeiros meses do ano.
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Segundo a Receita, o resultado acumulado reflete o impacto da reoneração gradual dos combustíveis no início do ano, além de ajustes em políticas tributárias e melhora no desempenho econômico de setores como serviços e indústria de transformação.
A alta na arrecadação ocorre em um momento de pressão sobre as contas públicas e de debate sobre a necessidade de aumentar receitas para cumprir a meta fiscal de 2025. O governo conta com esse movimento de crescimento gradual da arrecadação para sustentar o arcabouço fiscal e reduzir a incerteza sobre o equilíbrio das contas.
