O BNDES aprovou um financiamento de US$ 200 milhões (R$ 1,09 bilhão) para a Embraer (EMBR3), reforçando a linha BNDES Exim Pré-embarque, voltada ao custeio direto da produção. O crédito não é destinado às companhias aéreas, como ocorre nos tradicionais financiamentos de compra de aeronaves.
Segundo o banco de fomento, os recursos permitirão que a Embraer mantenha o cronograma de entregas acertado com clientes internacionais. Para 2025, a companhia projeta entregar entre 77 e 85 jatos comerciais.
Setor estratégico para tecnologia e soberania
Ao anunciar a operação, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel estratégico da indústria aeronáutica brasileira.
“O Brasil integra um seleto grupo de países capazes de fabricar aviões. É um setor de alta tecnologia, que emprega mão de obra altamente qualificada e gera inovações com impacto direto na economia, além de contribuir para a soberania nacional com seus produtos de defesa”, afirmou.
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O empréstimo ocorre em meio ao crescimento dos desembolsos do banco. De janeiro a setembro, o BNDES liberou R$ 101,9 bilhões, alta de 17% em relação a 2024.
Embraer busca ampliar capacidade diante da demanda global
Do lado da fabricante, o CEO Francisco Gomes Neto afirmou que o financiamento é crucial para sustentar o atual ciclo de expansão.
“A Embraer está realizando investimentos significativos para atender à crescente procura por nossas aeronaves. O apoio do BNDES é fundamental para ampliar a capacidade de produção e acelerar as entregas nos próximos anos”, disse o executivo.
A parceria entre Embraer e BNDES é histórica. Desde 1997, o banco já financiou US$ 26,3 bilhões em exportações de aeronaves comerciais da fabricante, apoiando a produção de 1.350 jatos.
