
O Grupo O Boticário deve levantar R$ 2 bilhões nesta semana por meio de uma nova emissão de debêntures rotuladas como ESG, voltadas a práticas ambientais, sociais e de governança. Parte dos recursos será usada para pagar uma emissão anterior, enquanto outra parcela financiará projetos ligados à eficiência energética, resiliência climática e à redução de emissões, no âmbito do programa Eco Invest, do governo federal.
A liquidação inicial dos títulos está prevista para 27 de novembro.
Como será a estrutura da emissão
A operação será dividida em três séries, com prazos de sete a dez anos. As duas primeiras levam o selo ESG, enquanto a terceira integra o Eco Invest. Na primeira série, que deve movimentar R$ 1 bilhão, a taxa máxima é CDI + 0,95% ao ano, com vencimento em 2032 e amortização semestral a partir do quinto ano.
A segunda série, com captação estimada em R$ 625 milhões, vence em 2035 e terá remuneração máxima de CDI + 1,2%, também com amortização semestral, mas a partir do oitavo ano.
Os R$ 325 milhões restantes serão direcionados à terceira série, enquadrada no Eco Invest, com taxa de CDI + 0,1%, amortização anual a partir do segundo ano e vencimento em 2032.
A emissão será feita pela Cálamo Distribuidora de Produtos de Beleza, subsidiária do grupo responsável por operações financeiras, e terá o Itaú BBA como coordenador da oferta. A operação reforça o movimento do Boticário de ampliar iniciativas sustentáveis enquanto alonga o perfil de sua dívida.