Foto: Divulgação/Correios
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (26), negou, nesta quarta-feira (26), que haja um debate sobre a privatização dos Correios, ao mesmo tempo que condicionou um plano de resgate, com aval do Tesouro Nacional, à apresentação de um plano de reestruturação “consistente” por parte da atual diretoria da empresa. Informações da Reuters, via Investing.com.

O ministro da Fazenda disse à Globo News que somente “muito recentemente” foi informado do “quadro real” dos Correios e disse ter confiança que a atual diretoria da empresa apresentará um plano que faça sentido.

“O que nós falamos é o seguinte: qualquer solução para esse caso vai passar necessariamente por um plano de reestruturação. Não há como o Tesouro Nacional pensar em algo que não passe por um plano de reestruturação aprovado pelo Tesouro Nacional, que é de quem se pede o aval justamente para conseguir viabilizar financeiramente esse plano”, disse Haddad durante a entrevista.

Rombo dos Correios pesa no Orçamento e obriga governo a cortar gastos

A deterioração financeira dos Correios chegou ao Orçamento federal e obrigou o governo a adotar um bloqueio de R$ 3,3 bilhões. O anúncio foi feito na noite de sexta-feira (21), após a equipe econômica revisar para baixo a projeção de resultado primário do conjunto das estatais — sendo os Correios o principal foco de preocupação, já que a empresa tenta viabilizar um empréstimo bancário de pelo menos R$ 10 bilhões ainda em 2024.

De acordo com o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no quinto bimestre, o governo federal prevê terminar o ano com déficit primário de R$ 31,265 bilhões, considerando os abatimentos previstos em lei.

O documento reúne as estimativas mais recentes sobre a execução orçamentária e foi atualizado na própria sexta-feira, refletindo a piora no quadro fiscal das estatais. Leia mais aqui.