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Foto: Divulgação CVM

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou um acordo de R$ 1 milhão para encerrar o processo sancionador contra a BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e seu diretor responsável, André Bernardino. A autarquia, porém, rejeitou, pela segunda vez, a proposta apresentada pela gestora More Invest.

Segundo a CVM, o acordo aceito envolve o pagamento de R$ 750 mil pela BEM DTVM e R$ 250 mil por Bernardino. Já a More Invest havia ofertado R$ 500 mil, divididos em três parcelas, proposta idêntica à feita em maio do ano passado, também recusada.

Entenda o caso

O processo envolve falhas identificadas no Fundo Índico, gerido pela More Invest e administrado pela BEM DTVM. A área técnica da CVM acusa a administradora e o diretor de:

  • não implementarem controles suficientes para garantir que a liquidez da carteira fosse compatível com o prazo de resgate do fundo;
  • não analisarem com a devida diligência documentos essenciais que definem limites e responsáveis por autorizar operações, incluindo a verificação da autorização da gestora para investir em ativos ilíquidos.

Já a More Invest responde por supostas operações fraudulentas relacionadas à carteira da UEGA (UEG Araucária) e ao próprio Fundo Índico, entre 2014 e 2016. À época, a usina era controlada por Copel e Petrobras.

Divergência no colegiado

O CTC (Comitê de Termo de Compromisso) havia recomendado a rejeição de ambos os acordos. No julgamento, o colegiado da CVM divergiu do CTC e aprovou, por maioria, a proposta de BEM DTVM e Bernardino.

No caso da More Invest, porém, manteve a decisão do comitê e recusou novamente o acordo.